sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Boys don't cry



domingo, 23 de dezembro de 2007

QUEER AS FOLK - 5ª (e última série)

5ª E ULTIMA SÉRIE DE QUEER AS FOLK COMPLETA (episódios 1 a 14)




























sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

QUE SEMPRE TE SINTAS AMADO




Que descubras a serenidade e a tranquilidade num mundo impossível de entender.
Que a dor que viveste e os problemas que tiveste, te dêem o poder de caminhar pela vida enfrentando cada situação com optimismo e valor.
Não esqueças que haverá seres cujo amor e compreensão sempre estarão contigo, mesmo quando te sintas só.
Que descubras suficiente bondade nos outros para acreditar num mundo de paz.
Que uma palavra generosa, um abraço e um sorriso sejam teus todos os dias da tua vida e que possas dar estas prendas tanto como recebê-las.
Lembra-te do sol mesmo no meio de uma tempestade.
Ensina amor àqueles que odeiam,e deixa que esse amor te fortaleça.
Lembra-te que aqueles seres cujas vidas tocaste e aqueles outros que deixaram a sua marca em ti, sempre ocuparão um lugar especial no teu coração.
Não importa se o encontro foi curto e não o que tu esperavas ou desejavas.
Não te preocupes demasiado pelo que é material.
Valoriza mais a bondade e a generosidade que habitam no teu coração.
Que encontres tempo cada dia para apreciar a beleza e o amor que te rodeiam.
Recorda que como seres humanos temos muitas coisas em comum mas no fundo todos somos diferentes.
Aprecia e respeita as diferenças.
O que sentes que te faz falta no presente pode ser o que te fortaleça no futuro.
Que vejas um futuro cheio de possibilidades.
Que encontres suficiente força no teu interior para determinar por ti mesmo o teu valor, e não dependas da opinião de outros para reconhecer as tuas habilidades.
Felizes Festas!
Mogaydouro

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

D & G (o original)





quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Os 5 conselhos do Mestre Mikao Usui

Kyo Dake Wá Okoru na
Só por hoje, não te chateies.

Kyo Dake Wá Shimpai suna
Só por hoje, não te preocupes.

Kyo Dake Wá Kansha shite
Só por hoje, sê agradecido.

Kyo Dake Wá Goo hage me
Só por hoje, trabalha com vontade

Kyo Dake Wá Hito ni shinsetsu ni
Só por hoje, sê amável .

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

domingo, 2 de setembro de 2007

Homo fobicus de Mogadouro

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Mogaydouro... o que por cá vai...

Vejam o que se diz deste blogue num fórum cá da terra...

http://www.mogadouro.com

ver a pagina "geral" do Fórum...

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

O típico Homo Fobicus de Mogadouro...

Rosco disse...
Deves andar doente da cabeça, ou melhor tu es doente com esta merda toda, deves tar a dar um desgosto aos teus pais!!!Foda-se vai a tratar-te
10 de Agosto de 2007 10:57

E eu digo...
Mas afinal qual é o teu prolema?! Não sei quem tu és e não sei porque visitas blogues gay... mas também não tenho nada a ver com isso...
Segundo a minha experiência, a maioria dos homens que falam como tu só o fazem por medo que alguém descubra os seus segredos... sim, quase sempre são pessoas reprimidas que nunca tiveram coragem de fazer aquilo que sempre desejaram, pessoas cobardes que casam e têm filhos para depois descarregar as frustrações de uma vida amarga batendo neles e na mulher...
Se há aqui alguém a precisar de ser tratado és tu sem duvida...

sexta-feira, 27 de julho de 2007

OS MEUS AMORES, de Mogaydouro

Estava eu muito descansado a tomar uma bebida numa esplanada, quando um homem mais ou menos da minha idade e que eu conheço de vista, mas de toda a vida, se aproximou de mim e me perguntou se podia sentar-se na minha mesa. Como o conheço cá da terra, claro que respondi que sim, que podia sentar à vontade...
Começou por uma daquelas conversas banais do tipo:
- E então que fazes? - quando era evidente que não estava a fazer nada mais além de beber um copo.... ao que eu respondi:
- Nada, aqui em Mogadouro não se faz nadinha...
- É verdade, este ano temos um verão muito sossegado... – anuiu o homem.
Parecia nervoso, pouco à vontade, mas não me admirou muito pois era uma das primeiras vezes que falávamos.
Veio o empregado do bar e mandou vir bebidas para os dois, o que me levou a dizer:
- Muito obrigado, fazes anos hoje?
- Não! Que ideia... estou apenas a tentar ser simpático contigo e a agradecer os bons conselhos que destes ao meu filho mais velho aqui há tempos... ele andava meio perdido e chateado connosco lá em casa, mas acho que mudou muito desde então e temos conversado muito, graças às tuas palavras...
- Bem, não tens nada que agradecer, já deves ter reparado que muitos jovens conversam comigo quando não se sentem à vontade para falar com os pais, deve ser do meu feitio...
- Sim, deve ser isso...Sabes, não leves a mal, mas ele mencionou o facto de tu seres gay.... juro que não fazia a mínima ideia disso... é verdade?
- E tu que achas?
- Sei lá, eu não entendo muito do assunto... sempre vivi aqui e nunca tive oportunidade de conviver com ninguém assim...
- Isso não é bem assim, sempre houve gays em Mogadouro e além disso lembro que andamos no mesmo liceu... podias ter perguntado então... e eu já te vi com alguns amigos meus... mas não importa, talvez tu não saibas que eles também o são...
Neste ponto comecei a perguntar-me o que é que aquele gajo queria, será que queria saber só por curiosidade? Sempre ouvi dizer que a curiosidade matou o gato... e quase lhe disse isso, mas não o fiz. Ele continuou a falar:
- Sabes, os meus filhos estão de férias e foram com a minha mulher passar uns dias à praia, eu não pude ir por causa do trabalho, sabes como é...
- Pois... é assim a vida...
- O meu rapaz também me contou que tu sabes cozinhar alguns pratos árabes e indianos, não me queres ajudar a fazer o jantar de hoje?
Aqui fiquei gelado! Estava mais que claro que este homem queria mais que uma ajudinha para o jantar... Eu não podia acreditar... Sempre tinha olhado discretamente para ele nos balneários, nos tempos do liceu, mas nunca achei que tivesse qualquer hipótese com ele...
- Bem, não sei se será boa ideia... nós dois em tua casa e a tua família de férias, com certeza que os vizinhos vão comentar, pois nós nunca andamos juntos...
- És capaz de ter razão, mas agora que consegui coragem para meter conversa contigo não vou desperdiçar a oportunidade... depois de todos estes anos... os vizinhos que se lixem...

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Debate 15/07/2007 sobre Orientação Sexual, na Festa da Diversidade-Lisboa

Intervenção de António Serzedelo, da Associação Opus Gay

INTRODUÇÃO


Compete-me a mim hoje falar de exclusões dentro das exclusões ou, se quiserem, de aspectos transversais da exclusão social.
Infelizmente, se nós próprios somos vítimas, ou objectos, de muitas exclusões, também é verdade e triste que na nossa comunidade também se pratica muita exclusão. Isto acontece, não porque sejamos maus ou piores do que os outros, mas porque vivemos e crescemos num mar e numa cultura de exclusões, que acabamos por assimilar e por assumir inconscientemente, num discurso maioritário que, embora não nos sirva e nos manipule, acabamos por usar contra os outros e, afinal, contra nós próprios.
Nesta comunidade de que fazemos parte e que é tão poliédrica e multifacetada com gostos e desgostos para tudo, eu poderia dizer que há homossexuais racistas, mas que são capazes de instrumentalizar essas pessoas que ostracizam para fins exclusivamente sexuais: há homossexuais xenófobos; há homossexuais misóginos e que detestam as mulheres, como aliás muitos homens sexistas; há homossexuais jovens que abominam os seniores ou a 3ª idade; há homossexuais profundamente classistas que só se revêem no seu estatuto social e, enfim, há homossexuais que não toleram a deficiência por medo, por ignorância, por preconceito herdado.

SURDOS

Vou começar por pensar na comunidade surda. Dizem os surdos que são os ouvintes que fazem da surdez um problema. Os surdos são, em geral, uma minoria cultural que tem um património próprio, com uma uma língua própria, a linguagem gestual. Mas a cultura dominante na nossa sociedade é um discurso oral ou escrito, sendo-nos difícil admitir que se possa comunicar de outro modo. É um pouco o que acontece com a sexualidade dominante hetero, que tem muita dificuldade em aceitar outras formas de expressão sexual para além da sua, que pretende impor como exclusiva.
Entretanto, aqui denoto uma diferença: enquanto os hetero, em grande parte, excluem os homo ou bi, na comunidade surda, a convivência entre hetero e homo surdos é muito boa e não existe praticamente discriminação. Quem discrimina os gays surdos são em geral os gays ouvintes, que, aqui, e mais uma vez, partilham da convicção maioritária de que a única língua válida é a oral. Assim, para nós, eles são portadores de deficiência, enquanto os surdos se consideram a si próprios simplesmente "pessoas diferentes".
Durante séculos, nós ouvintes, decidimos por eles o que lhes era conveniente e só recentemente se começou a reconhecer a pessoa surda como detentora de um estatuto jurídico, como pessoa diferente. Por isso, os surdos, hoje, reivindicam uma sociedade multi-cultural, tolerante e solidária (tal como a comunidade lgbt), com a efectiva promoção da igualdade de oportunidades entre ouvintes e surdos e, nesse sentido, é necessário respeitar o seu direito fundamental de comunicar, que se realiza através da lingua gestual.

CEGOS

Passo agora ao exemplo da cegueira. Fui visitar o blogue do Tadeu Bengala. O Tadeu tem 33 anos, é cego de nascença e homossexual. Criou o blogue para "apoiar pessoas que, descobrindo-se homossexuais, se julgam num beco sem saída por serem cegas e gays".
O Tadeu diz-nos que a sexualidade das pessoas com deficiência é relegada para segundo plano, porque subsiste a crença de que os deficientes são desprovidos de sexualidade ou então que ela não tem importância neles. Os gays cegos sofrem um duplo preconceito: sofrem por parte dos homo por serem deficientes, logo sem sexualidade, e até da própria comunidade de deficientes que, sendo hetero, não entende que possam ser gays.
O Tadeu Bengala, no seu blogue, pretendendo uma abrangência que nem sempre encontramos no nosso grupo, diz-nos: " Desejo que os que me visitarem, gays ou não, cegos ou não, mas que de alguma forma se sentem atingidos por algum tipo de preconceito, sintam que não estão sós e não passem pelo mesmo sofrimento silencioso de 8 anos por que eu passei. Hoje sou feliz e não tenho vergonha de mim mesmo!"
Ele dá-nos alguns conselhos para aprendermos a viver e deixarmos de nos sentir desconfortáveis diante do Diferente:
não devemos fazer de conta que a deficiência não existe porque isso é ignorar uma importante característica do indivíduo em questão;
devemos aceitar a deficiência mas não a subestimar nem sobrestimar;
devemos aceitar que as pessoas deficientes têm o direito, podem e querem tomar as suas próprias decisões e assumir as suas responsabilidades;
a pessoa com deficiência não se importa de responder a perguntas sobre a sua deficiência, mas devemos dirigir-nos a ela e não aos seus acompanhantes ou intérpretes;
devemos oferecer ajuda de forma adequada mas não nos ofender se for recusada;
se não soubermos fazer alguma coisa que um deficiente peça, devemos sentir-nos livres para recusar;
no convívio social ou profissional, não devemos excluir as pessoas cegas dessas actividades, mas deixá-las decidir dessa participação;
podemos usar os termos "veja" e "olhe" porque não se ofendem;
DEFICIÊNCIA MOTORA

Passemos agora às pessoas com deficiência motora. Pessoas que usam bengalas, muletas, cadeiras de rodas... Estas são quase uma extensão do seu próprio corpo. Por isso, deve-se ter cuidado na manipulação destes objectos. Chamo a atenção para os casos de homens e mulheres homossexuais que são paraplégicos. Muitos são-no por causa de um acidente que os pôs nesse estado, mas antes já eram gays ou lésbicas e vão continuar a sê-lo pela vida fora.
Para muitos, torna-se extraordinariamente difícil encontrar um(a) parceiro(a) ou uma relação estável, mas eu conheço casos em que isto acontece. Muitos socorrem-se da Internet para abrirem novas janelas para a sua vida, tal como muitos de nós estabelecemos relacionamentos válidos pela net. A dificuldade está, muitas vezes, em ser aceite pelo interlocutor quando sabe com quem está a falar. O Tadeu contou-me que cortaram imediatamente uma relação com ele quando souberam que era cego. Também me referiu que, numa sauna, não o deixaram entrar, embora viesse acompanhado de um guia gay.
Devo acrescentar que 15% dos sites públicos e muitos locais públicos não cumprem os requisitos mínimos de acessibilidades, embora no sector privado haja mais sensibilidade para esta questão, por razões que se compreendem.

CONCLUSÃO

Vemos que há aqui um imenso território a desbravar e uma necessidade de desenvolver uma cultura pela diversidade, tolerante, solidária e multi-cultural, que sirva a todos e todas ´, e uma educação para a cidadania, também na nossa comunidade.

terça-feira, 17 de julho de 2007

Ser homossexual...

De uma forma simples, ser homossexual significa que te sentes sexualmente atraído por pessoas do mesmo sexo que tu e que te identificas com outros homossexuais ou com a comunidade homossexual mais ampla. A sexualidade é uma expressão usada para descrever toda uma gama de sentimentos, desejos e actividades relacionadas com o sexo.
A quem deverei contar?
Ninguém sabe exactamente porque é que alguns de nós são homossexuais e outros não. Foram avançadas muitas propostas desde diferenças genéticas a pais dominadores. As evidências disponíveis sugerem que há factores genéticos aleatórios que têm um papel na determinação da nossa sexualidade da mesma forma que determinam, por exemplo, o ser-se canhoto.
Uma coisa que nós sabemos é que ninguém escolhe a sua sexualidade. Alguns homossexuais sabiam que eram diferentes, se não mesmo homossexuais, mesmo aos cinco ou seis anos de idade. Diz-se que, para a maioria de nós, a nossa sexualidade está determinada aos 12 ou 13 anos de idade e provavelmente aos 16 anos o mais tardar. A quase totalidade da sociedade tem tendência a assumir que todos são, ou querem ser, heterossexuais. Isto é conhecido como heterossexismo. Algumas pessoas continuam a acreditar que a homossexualidade é uma escolha e que podemos ser persuadidos a ser heterossexuais. Ao assumir a heterossexualidade a sociedade cria um dilema, para aqueles de nós que sabem que são homossexuais, de ou escondermos a nossa sexualidade ou de nos assumirmos - com tudo o que isto acarreta.
Tem havido alterações pequenas mas observáveis na forma como a sociedade encara a homossexualidade mas ainda há um longo caminho a percorrer antes que esta nos aceite da mesma forma que o faz com que pessoas que sejam, por exemplo, canhotas. Esta situação tem mais a ver com os complexos que a sociedade tem com o sexo e a sexualidade do que com os homossexuais individualmente. Frequentemente assim que as pessoas conhecem alguém homossexual os seus preconceitos e receios sobre a homossexualidade desaparecem completamente.
Ser adolescente homossexual
Para muitos jovens homo e bissexuais, a adolescência pode ser uma época de especial ansiedade e medo. Muitos homossexuais recordam esta parte das suas vidas com tristeza e desgosto. Há muito poucos modelos homossexuais exemplares e muita hostilidade contra pessoas abertamente homossexuais. Os adolescentes homossexuais tomam frequentemente consciência de que não são como os outros de uma forma dolorosa e podem tornar-se retraídos e solitários, convencidos que são os únicos a experimentarem esses sentimentos. Aprendem a esconder os seu verdadeiros sentimentos ou a comportarem-se como os outros querem, com medo de serem excluídos, ridicularizados ou rejeitados por aqueles que amam e pelos amigos.
Acima de tudo podemos por vezes sentir que somos de alguma forma diferentes, que somos anormais ou que vamos desapontar as pessoas.
Alguns acreditam que se se casarem os seus sentimentos homossexuais desaparecerão. Raramente isto acontece. A maior parte vai acumulando grande stress e ansiedades para os seus anos vindouros. Assumir-se como pai ou mãe homossexual implica desafios especiais. Fugir a um papel claramente definido ou mesmo tentar modificar a sua definição envolve uma tremenda coragem e força. O conflito entre o relacionamento com o cônjuge e a necessidade de se ser quem é pode ser enorme.
Assumir-se
Há vários passos no processo de uma pessoa se assumir. A tua vida está em questão por isso demora o tempo que for necessário - faz as coisas a pensar em ti e apenas quando estiveres pronto.
Assumires-te perante ti próprio
Aceitares que és homossexual pode levar vários anos. Alguns de nós provavelmente tiveram a esperança de que estes sentimentos fossem "só uma fase". Com o tempo apercebemo-nos que estes sentimentos não são só uma fase e que temos de encontrar uma forma de os aceitar e lidar com o facto de que nos sentimos sexualmente atraídos por membros do nosso próprio sexo.
Esta conclusão é a primeira etapa para uma pessoa se assumir. Não há nenhuma regra rígida e simples em relação a quando é que se atinge este ponto. Com alguns dá-se na adolescência, para outros pode acontecer muito mais tarde na vida.
Algumas pessoas descrevem esta altura de aceitar a sua sexualidade como se estivessem numa montanha russa. Um dia sentem-se felizes e confiantes e prontos para contar a todos; no dia seguinte sentem-se confusos, apavorados e aliviados por não terem contado a ninguém. Tu podes querer falar a alguém que compreenda como é que isto é. Na página de informações adicionais tens algumas das organizações e páginas na internet onde podes obter apoio adicional.
Então, ainda te queres assumir?
Esta é uma altura de dar cabo dos nervos - o medo da rejeição é provavelmente imenso. Leva em consideração que há muitas maneiras de dizer a alguém que és homossexual.
Pode ser útil perguntares a ti próprio algumas das perguntas que surgem mais à frente neste guia, já que é mais do que provável que outros façam a ti a determinada altura. Não ensaies as respostas mas pensa nos teus motivos - isso tornar-te-á a ti e às tuas discussões mais fortes e seguras.
A etapa seguinte envolve vir a público de alguma forma assumir-se. A quem dizes a seguir depende realmente apenas de ti. Podes decidir dizer ao teu melhor amigo ou a um membro da tua família.
Lembra-te que uma vez que contes a alguém acerca da tua sexualidade isso pode-se tornar conhecido num curto espaço de tempo. Isto faz parte da natureza humana e há muito pouco que possas para o impedir. Se estiveres decidido a lidar com qualquer reacções negativas que esta revelação possa trazer estarás suficientemente preparado para ela.
Porquê assumir-me?
Esta é a pergunta mais importante a fazeres a ti próprio. Se responderes qualquer coisa como: "Porque me orgulho de ser quem sou" ou "É-me impossível ser um ser humano plenamente feliz se a minha sexualidade permanecer suprimida" ou "Quero conhecer outros homossexuais" então estas são boas razões. Pensa com muito cuidado se a tua razão for magoar ou chocar pessoas. Frequentemente quem acabará magoado serás tu.
A quem deverei contar?
Muitos homossexuais descrevem como é importante contar primeiro a alguém exterior à família. Certifica-te que seja alguém que acredites que tenha uma mentalidade aberta e que seja encorajadora. Tem cuidado se decidires confidenciar com um professor na escola - eles podem ser obrigados a contar a outra pessoa o que lhes contaste. Tenta investigar antecipadamente qual a política da escola em relação à confidencialidade antes de prosseguires.
Se decidiste contar à tua família poderá ser mais fácil contar a um dos pais antes do outro. Poderás então pedir-lhe ajuda para abordar o outro. Por vezes os irmão e irmãs são um bom ponto de partida já que é provável que eles compreendam melhor a homossexualidade ou bissexualidade. Uma das razões para te assumires perante a tua família é tornares-te mais próximo deles.
Há um certo número de respostas típicas que se sabe que os pais, em particular, dão: "Como é que podes ter a certeza?", "Eu passei por uma fase dessas na tua idade", "Isso vai-te passar com a idade", "Não te esforçaste a sério com o sexo oposto" e "Como é que na tua idade podes saber?".
Tentámos listá-las aqui porque elas podem ajudar-te a pensar nas respostas que lhes hás de dar. Poderá ser-te útil discutir estas questões primeiro com um amigo de confiança ou com uma linha de apoio sobre a sexualidade. Consulta a página de informações adicionais para mais detalhes.
Apoia a tua família
Este momento pode ser traumático para alguns membros da tua família. Poderás sentir-te incapaz de responder a todas as suas questões ou lidar com todos os assuntos que lhes surgem. Eles, em contrapartida, podem não se sentir à vontade em falar sobre homossexualidade ou bissexualidade contigo. Neste momento ainda não existem, em Portugal, organizações que dão apoio específico a pais que se estão a ajustar à sexualidade dos seus filhos embora possas recorrer a alguma das organizações na página de informações adicionais para apoio genérico.
Esta pode ser uma época difícil se a tua felicidade está dependente num determinado grau da reacção da tua família. Se este é o teu caso aconselhamos-te a discutir a questão primeiro com alguém que já tenha passado pelas situação ou talvez com uma linha de apoio.
Como lhes deverei contar?
Não há nenhuma regra que diga que tens que te sentar e falar com os outros sobre isto, há outras formas.
Podes querer escrever-lhes primeiro (ou enviar um e-mail, se aplicável) e dar-lhes tempo para reagirem da sua própria forma. Esta é, talvez, a melhor aproximação se, por exemplo, vives bastante longe da tua família ou amigos. Lembra-te que tu próprio levaste, provavelmente, bastante tempo a habituares-te à ideia e que os outros poderão precisar de tanto tempo como tu. Escrever uma carta permite-te demorares o tempo que aches necessário e compor os teus pensamentos de uma forma cuidada e clara. Uma carta pode também dar à pessoa a quem escreves o espaço para reagir e pensar nas notícias antes de as discutir contigo. Esta pode ser uma aproximação útil se estás à espera de uma reacção hostil ou negativa.
Se te decidires por falar cara a cara, lembra-te de não o apressar ou fazê-lo quando um de vocês está com pressa ou distraído. Provavelmente também não será de grande utilidade decorares um discurso - é quase garantido que algumas pessoas não reagem de uma forma previzível. Se estás preocupado com a reacção deles conta-lhes dos teus receios e diz-lhes que não os queres magoar mas precisas de ser honesto com eles. Não te esqueças de ouvir o que eles tiverem para te dizer - isto deverá ser mais ou menos uma conversa, não um discurso!
Quando é que lhes deverei contar?
Quando chega a altura de te assumires, a escolha da altura certa é uma consideração importante. Escolhe o momento cuidadosamente - fá-lo quando (tu e eles) tiverem muito tempo - não mesmo ao fim do dia quando é provável que estejas mais cansado e emocional.
Pensa sobre o que estás a sentir e não te preocupes muito os nervos que são perfeitamente normais nestas circunstâncias, não o faças se te sentes zangado ou emocionalmente sensível - isso afectará o que dizes e como o dizes. Por razões óbvias não o digas quando estiveres bêbado (mesmo que penses que precisas de uma bebida para acalmares os nervos).
E lembra-te - só quando estiveres bem e pronto. Um amigo disse uma vez que sabia que estava pronto para contar à família quando se apercebeu que, se precisasse, poderia viver sem o seu apoio. Felizmente para ele (e para a sua família) isso não foi necessário.
Consequências e reacções
Finalmente contaste a alguém. Ou estás a baloiçar à beira de um precepício ou a dar pulos de alegria (ou ambos !). Algumas pessoas descrevem a sensação como se lhes tivesse sido tirado um enorme peso dos ombros ou sentir-se eufórico e contente e como se fossem outra vez crianças.
Não te sintas culpado com isso - avança e aprecia o momento, tu mereces. A excitação de revelar algo que se mantinha em segredo há muito tempo pode ser um tremendo alívio.
Usa sabiamente esta energia recém-descoberta e lembra-te que os amigos chegados e a família podem preocupar-se que tenhas ficado irreconhecível. Assegura-lhes que mudaste - e para melhor e que estás apenas a explorar novo tu, mais completo.
A maioria das pessoas terá muitas reacções positivas. Por exemplo, "Estamos muito contentes que nos tenhas contado" ou "Nós já tínhamos adivinhado e estávamos só à espera que nos dissesses alguma coisa". Alguns homossexuais depararam também com a resposta "Eu também sou".
"Os meus pais recusaram-se a falar do assunto. Eles puseram a questão de lado e disseram que não queriam que se levantasse os assunto outra vez. Eu decidi que iria continuar a levar a minha vida como homossexual. Deixei de ir a casa tão frequentemente como costumava e de ir às reuniões de família. Só agora, três anos mais tarde, é que eles começaram a aproximar o assunto comigo."
Se nem tudo correu pelo melhor não percas a esperança. O tempo cura muitas feridas e as coisas vão melhorar. Se estás a ser rejeitado por um amigo chegado pergunta a ti próprio se ele era realmente tão chegado que não te pôde dar apoio nesta situação. Se a tua família está a reagir mal isto é, com toda a probabilidade, normal. Eles podem estar a sentir toda uma gama de emoções incluindo choque, mágoa, culpa, responsabilidade, desapontamento e muita dor.
"A minha família diz que aceitam que eu seja homossexual mas que não me querem ver ser carinhoso com outro homem. Dizem que não serão capazes de aguentar isso."
Lembra-te quanto tempo levou para que tu ficasses à vontade com o seres homossexual. Muitos pais sentem uma certa perda - talvez de futuros netos ou casamentos ou outras reuniões de família. Isto pode manchar a felicidade deles e o seu amor por ti.
"Recentemente estive num casamento e estavam lá todos com os seus parceiros. Eu estava aborrecido por não poder ter trazido o meu. Todos faziam as perguntas do costume sobre namoradas e eu tinha que ir sorrindo e dando desculpas. Eu não queria armar discussão com a minha família acerca disto mas não é justo."
No fim do dia os teus pais continuam a ser os teus pais e, com tempo, poucos rejeitam os filhos por estes serem homossexuais.
"O meu pai disse 'Ainda és o meu filho e tenho orgulho em ti.' ele tinha sido muito homofóbico até então."
Se eles ficarem muito calados dá-lhes tempo para reagirem e oportunidade para pensarem sobre o que lhes contaste. Se eles fizerem muitas perguntas é bom sinal. Pode ajudar considerares como sendo do teu interesse responder-lhes - é provável que sejam as mesmas perguntas que fizeste a ti próprio ao longo do caminho.
Se as coisas estiverem a correr tão mal que te apetece desistir do processo de te assumires, é importante que fales a alguém acerca dos teus receios e preocupações. Mais uma vez existem organizações que podem oferecer-te apoio e orientação.
É provavelmente melhor aguentares-te e continuar já que chegaste a este ponto e, em muitas aspectos, seria difícil ou impossível voltar atrás. A próxima pessoa a quem contares dar-te-á provavelmente um grande abraço e dir-te-á que está aliviada por teres tido coragem pare lhes dizer e que há muito que suspeitava que andavas com qualquer coisa na cabeça.
Assumires-te no emprego
Há algumas circunstâncias em que assumires-te no trabalho pode afectar gravemente a tua segurança profissional e hipóteses de promoção. Nalgumas circunstâncias ser-se abertamente homossexual pode entrar em conflito com as regras do empregador, por exemplo nas forças armadas, ou pode levar a uma rejeição por parte de clientes de um dado serviço, esta segunda situação pode ser mais delicada no caso de empregos de orientação e educação relacionados com jovens e crianças.
Forças armadas
Existe um artigo específico que permite a expulsão de um indíviduo das Forças armadas devido à sua orientação sexual. Na prática é reconhecida a (óbvia) existência de homossexuais nas fileiras pelas chefias tendo no entanto posições diversas sobre o assunto indo desde a aceitação total ao desprezo absoluto. A verdade é que a partir do momento em que passaram a ser aceites a participação de mulheres nas forças armadas grande parte dos argumentos contra os homossexuais deixaram de ter sentido, se bem que aqui ainda haja um grande caminho a percorrer.
Contar ao teu médico
Vale a pena referir também que se revelares a tua sexualidade ao teu médico, ele pode tomar nota destes detalhes na tua ficha médica e que exitem várias pessoas ou entidades que podem ter acesso a estes registos para diferentes fins, no entanto o facto dele estar a par pode facilitar a tua comunicação com ele em questões relacionadas com sexo (doenças sexualmente transmissíveis).
(In Portugal gay)

Será que o meu amigo é gay?!...

Isto de ter amigas ou amigos paneleiros ou maricas pode ser muito complicado...
E daí talvez não. É tudo uma questão de amizade.

O que fazer quando um amigo/a te revela a sua homossexualidade?

Vivemos numa sociedade que é frequente a discriminação de pessoas que são diferentes. Fomos todos ensinados a crer que normal, é ser-se heterossexual. Este ensinamento pode causar grande dor aos homossexuais, lésbicas e bissexuais.
A revelação da sua orientação sexual a outros é um passo muito importante de auto-aceitação de qualquer homossexual. Como todos nós, os/as homossexuais sentem-se melhor consigo mesmo e aceitam-se mais facilmente se aqueles que lhes são queridos também o/a aceitarem tal como são.
Alguém que te revela a sua homossexualidade, obviamente sente confiança suficiente com/em ti para o fazer, correndo o risco de te perder como amigo/a. Contudo também não é fácil receber tal notícia, pois não se tem noção de como agir ou o que dizer. Neste sentido é possível dar algumas sugestões que poderás considerar...
Agradece à pessoa ter tido coragem para fazer tal revelação a ti. O facto de ter-te contado este pormenor íntimo revela que tem um grande apreço, confiança e respeito por ti.
Não a/o julgues Se tens convicções religiosas (ou outras) que contestam a homossexualidade, não te precipites em discuti-las. Certamente que haverá outra altura mais oportuna para encetar tais discussões saudáveis acerca da questão da homossexualidade.
Respeita a sua confidencialidade. Ele/Ela provavelmente não estará pronto/a para revelar a sua orientação a outros e poderá querer fazê-lo à sua maneira.
Explica-lhe que continuas a gostar dele/a da mesma forma, e que a sua orientação sexual em nada alterará a vossa relação de amizade. Talvez o maior medo de qualquer homossexual é a rejeição por par te de amigos e família quando se conta a verdade.
Não tenhas uma postura demasiado séria. Um comentário com um pouco de humor pode aliviar algumas tensões existentes.
Um simples apertar de mão ou abraço pode por vezes transmitir-lhe que não tens medo de "apanhar" algo.
Põe-lhe questões, contudo fica preparado, que ele/a poderá não ter todas as respostas. Podes guardá-las para uma altura posterior, ou melhor ainda tentem descobrir as respostas juntos.
Inclui o/a parceiro/a dele/a em planos como o farias com outros amigos casais.
Fica preparado/a para inclui-lo/a com mais frequência nos teus planos, pois ele/a poderá ter perdido outros amigos ou mesmo a família pela sua honestidade.
Oferece-te para o/a ajudar a contar a outras pessoas que lhe sejam queridas.
Telefona-lhe com frequência. Isto vai-lhe fazer sentir que ainda és amigo/a dele/a.
Não estranhes mudanças de temperamentos. Fazer este género de revelações pode provar-se traumático. A depressão e a ira são normais, especialmente se a pessoa está a experimentar problemas c om família e outros amigos/as por causa da sua orientação sexual. Não tomes muito a peito reacções pouco ponderadas. Considera antes um privilégio que ele/a partilhe esses sentimentos contigo.
Não alteres hábitos que tenham juntos. Ele/a provavelmente sente que a partir do momento que deixa de esconder a sua homossexualidade, tudo irá alterar na sua vida. Se por exemplo, costumavam ir ao cinema todas as Segundas-Feiras, continuem.
Fala-lhe de outras pessoas homossexuais que conheças. Se ele/a sabe que já aceitaste outra pessoa, ser-lhe-á mais fácil acreditar que também o/a vais aceitar.
Aprende acerca da comunidade homossexual/lésbica. Assim estarás mais à vontade para o/a apoiar e para além de conhecer um pouco mais do seu mundo , impedirá um afastamento.
Não o/a permitas que se isole. Dá-lhe sugestões de organizações que possa contactar ou lugares onde possa conhecer outros semelhantes.
Nunca é tarde! Se sentes que não procedeste bem com um amigo/a que te tenha feito revelação semelhante, volta atrás e tenta novamente.
Não te preocupes se ele/a tem alguma atracção por ti que não tencionas corresponder. Muito provavelmente os sentimentos tidos para contigo são os mesmos que sentes por ele/a. Caso contrário, não é grave, as coisas podem perfeitamente - sem hostilidade - serem esclarecidas. Trata a situação como se fosse uma pessoa do sexo oposto no qual não tens qualquer interesse sexual. Não merece a perda de um/a amigo/a.
(ILGA Portugal - Jan 97)

CARTA AOS PAIS...

Para a minha querida família,
Estou a escrever-vos a carta mais importante da minha vida, e faço-o agora porque vos sinto muito perto do meu coração, e é porque eu vos sinto tão perto do meu coração, que sinto que vos amo tanto, que tenho que vos dizer a verdade acerca de mim.
Como é que pensam que eu sou? Eu sou tudo o que vocês sabem acerca de mim, tudo o que cada uma vós sabe acerca de mim, mais uma coisa muito importante, e que eu agora revelo: eu sou um homem que é capaz de amar outro homem, ou seja eu sou homossexual.
Desculpem-me se vos choco, talvez o facto de eu próprio não ter aceite a minha própria homossexualidade por muito tempo moldou a minha personalidade. Mas quem eu sou isso não mudou. Tudo o que vocês conhecem de mim não mudou. O que mudou ou mudará é a minha atitude perante mim próprio, tal como mudará a vossa atitude perante mim próprio. E a minha atitude perante mim mudou abrindo-me novas avenidas, novos caminhos na busca da minha felicidade.
Acreditem-me: não é uma escolha. Seria muito mais fácil para mim ser heterossexual. Mas eu preciso de ser honesto para comigo e para connvosco, e se esta é a realidade, porque é que eu haveria de mentir? Só porque causa do que os outros possam pensar? Ninguém escolheu ser heterossexual pois não? Pois bem, eu também não escolhi ser homossexual, e sé é assim que eu sou, o que eu vou fazer é procurar alguem para amar, e para me relacionar de acordo com o que eu acredito que vale a pena: os sentimentos.
Imaginam como foi viver com uma fobia tão grande dentro de mim, que me estava a empurrar e a apagar a minha própria vida, apagando a minha sexualidade. Mas eu não fui capaz de o fazer, porque este tipo de sexualidade existe em 10% das pessoas, de todos os homens e das mulheres. Tal como há uma percentagem da população que escreve com a mão esquerda, ou tem olhos de outra cor. As concepções que a nossa sociedade nos força a aceitar, arrastam-nos para a condenação, e para o preconceito.
Mas eu não sou a minha sexualidade, e não quero ser julgado por ela. A minha sexualidade é apenas uma parte significativa de quem eu sou. Eu não estou a pedir que me compreendam: ninguém quer ser compreendido por que é que escreve com a mão esquerda ou com a mão direita, ou porque é que mede um metro e setenta ou um metro e oitenta. Simplesmente aceita-se que essa pessoa é assim.
Gostaria que me escrevessem e que me dissessem aquilo que pensam mas sobretudo aquilo que sentem, era muito injusto para todos nós se eu não vos dissesse isto, porque eu estava a ser incompleto. Eu sei que estou a arriscar tudo a partir desta carta, mas vocês são quem eu mais amo no mundo e são vocês quem eu guardarei sempre no meu coração aconteça o que acontecer.
Apenas agora eu sou o verdadeiro Carlos para vocês, mas sempre o vosso filho, o vosso irmão, o vosso cunhado, o vosso tio,
Carlos.
(Esta carta foi para o ar no programa Vidas Alternativas da Rádio Voxx (91.6 Lisboa, 90.0 Porto) no dia 19 Julho 2000.)

terça-feira, 26 de junho de 2007

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Comunicado da Opus Gay

CIDADÃOS,HETEROS E HOMOS DE PORTUGAL !

A Opus Gay entende que é chegado o momento de se dirigir solidariamente, a todas e todos os Homens e Mulheres de Portugal , independentemente do credo, partido,sexo, etnia, idade , (d)eficiência, ou orientação sexual, para lhes falar das discriminações que se sofrem no nosso país .

Dirigimo-nos a todos,porque a luta que travamos ,não é já uma luta só dos gays e das lésbicas,ou uma luta das ditas minorias , é antes uma luta de todos,e para todos,porque é uma luta por Direitos Humanos, porque é uma luta pela Democracia, Laicidade, e Igualdade, em Portugal.

Uma luta para acabar com o esmagamento e intolerância que sofrem ,entre nós , deficientes, mulheres, idosos, diversas etnias, religiões, emigrantes, e especificamente , as minorias devido à sua orientação sexual, como nos veio revelar recentemente o Eurobarómetro, e como todos temos oportunidade de conhecer no nosso dia a dia, entre nós .

Assim, entendemos como agenda minima consensual , que são prioritarias, e urgentes , neste momento, campanhas governamentais contra as discriminações, aliás, de acordo com o programa de Governo Socialista , utilizando o mainstreaming ,como recomenda a União Europeia, a todos os niveis das politicas sociais.

Campanhas e politicas que fazendo cumprir o artigo 13º da Constituiçao , e em nome do Ano Europeu Pela Igualdade de Oportunides para Todos , incluam também, explicitamente , a luta contra a homofobia, acompanhadas da criação de orgãos próprios, tanto a nivel local,"Escritórios, contra as Discriminações ", onde todos os cidadãos se possam dirigir , e rever, para obter reparos das ofensas de que são vitimas,por quaisquer razões de discriminação, como a nível central ,Alta Autoridade Contra as Discriminações ,Lei (s) contra Comportamentos de Ódio ,e Lei da Identidade de Genero .

A exclusão social e a negação da diversidade, questões que atravessam transversalmente a nossa sociedade, são causa de injustiças, sofrimentos, doenças, suicidios na gente jovem , rupturas sociais, derivas securitárias,surgimento de teorias fundamentalistas, religiosas e políticas, e disfuncionamentos na produção, precisando de uma visão de Futuro ,que nos integre na Cidadania e que faça entrar o nosso pais em pleno, no seculo XXI,e na modernidade . São novas portas a abrir, para o exercício da Laicidade, e barómetros da qualidade de vida, da riqueza do nosso pais, e da Democracia .

Todos são convidados para este exercicio, Cidadãos, ONG´s.Partidos, Sindicatos,Centrais Sindicais ,Poder Local , e o Governo Central ,como o mais alto responsável .

Obviamente que não esquecemos a promessa governamental do Programa de Governo ,de nos colocar a par de todas as politicas da Uniao Europeia de âmbito anti-discriminatório, e dos paises avançados do Norte da Europa, pelo que afirmamos de novo , que a legislação em vigor sobre as uniões de facto é inoperante, servindo aos Governos sucessivos, para descansar a sua consciência, remetendo continuamente os cidadãos heteros e homos para tal texto ineficaz .

Propomos o alargameno do registo das uniões de facto, q ue pode ser voluntário, e o alargamento do âmbito dessa lei ao instituto do s heranças , tanto para heteros, como para homos .

E, de acordo com o artigo 13º da Constituição, que nao autoriza nenhuma forma de discriminação , iniciar-se a discussão, a todos os niveis , sobre as Novas Familias, como já vêm propondo sectores da Juventude Social Democrata, Juventude Socialista, PCP,Verdes e Bloco de Esquerda, ou seja, o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, com o desmantelamento paulatino da legislação impeditiva, e depois a adopção que lhe é correlativa ,uma área onde reina grande desconhecimento,e ainda muito preconceito .

Recordamos que promover a diversidade, significa valorizá-la como vantagem competitiva, como condição para o desenvolvimento pleno de uma organização, ou de um país, neste caso, do nosso país . Isto é uma vantagem, e não um problema, como pretendem alguns virados para o passado, sem entenderem a globalização em que já estamos inseridos .

Defender a diversidade , consegue-se , destruindo os mecanismos que nos afastam dos talentos,para construir talentos, investir nos talentos, muito, nos jovens talentos , investir nesta riqueza , que hoje desperdiçamos de forma vergonhosa. Dentro desta lógica de intervenção estratégica, e que busca resultados efectivos, é preciso priorizar aquelas situações que mais dificultam atingirmos um grau de diversidade desejável, como nos recomendam as politicas europeias, utilizando o mainstreaming a todos os niveis, na nossa sociedade,nas nossas politicas , nas nosssas escolas, e no nosso país _

Todos reconhecem que Portugal atravessa uma crise. Há uma crise das lideranças, ha´uma crise economica, crise na produção, há uma crise no ensino, na saúde e na justiça. Referimos que cada vez há mais exclusão social ,em parte consequência dessa crise,porque nesses momentos, e nos momentos de mudança, procuram-se bodes expiatórios,e as minorias fragilizadas são sempre as mais fáceis de atacar.

Defender os Direitos Humanos não tem custos económicos. Mas ignora-los, traz graves custos sociais,com muitos mais custos económicos . Não pode haver uma crise na defesa dos Direitos Humanos em Portugal .

Neste contexto, e porque se comemora agora o Dia Internacional de Luta Contra a Homofobia , e no Ano Europeu Pela Igualdade de Oportunidades para Todos, damo-vos a conhecer este apelo dirigido pela Opus Gay à sociedade Portuguesa, aos Orgãos de Soberania , ao Senhor Presidente da República.

Lisboa, 17 de Maio 2007
Valter Filipe
Opus Gay



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www.opusgay.org

segunda-feira, 21 de maio de 2007



Quero desde já agradecer os únicos 2 comentários e as 2 únicas mensagens do livro de visitas... Bem hajam amigos!

Este blogue nasceu com a intenção de ser um espaço de afirmação de todos aqueles que não se podem afirmar nas suas vidas como homossexuais, a quem a sociedade empurra para uma vida de duplicidade, de mentira... porque eu acho que ninguém deveria ter problemas por ser como é... e porque sei como é ser gay numa vilazinha como Mogadouro... e quem diz Mogadouro dirá qualquer sítio pequeno de qualquer parte do mundo... Por isso espero que venhamos a fazer disto um ponto de encontro de amigos.

E perguntam vocês: E agora, todos estes vídeos da mesma série? E ainda por cima em inglês e sem tradução... eu sei... mas estes vídeos mostram que ser homossexual é completamente natural e normal, a sociedade é que tem a mania de complicar as coisas; mas não se assustem que não é doença, nem defeito, nem vício - eu pessoalmente considero que é uma dádiva dos Deuses, uma mais valia, uma virtude... mas enfim, não peço que todos vejam as coisas como eu, apenas mostro o meu ponto de vista...
Que os Deuses nos abençoem!
Mogaydouro

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Gays em Mogadouro ???!!!!

O quê???!!!!!!!!!!!!!! GAYS em Mogadouro???!!! Claro que não.... sabes, isso foi coisa que te meteram......

sexta-feira, 4 de maio de 2007

Mogadouro vs Mogaydouro

Bem... eu já esperava isto... afinal sempre estamos em Mogadouro... Sim, refiro-me ao facto de ninguém fazer comentários ou deixar alguma mensagem no livro de visitas deste blog... Sim, é que em Mogadouro as pessoas não são mesmo nada de fazer comentários, não e?...;)
Mas não faz mal... caGAY para isso...

sábado, 28 de abril de 2007

Pois é... Mogaydouro...

Bem... No final da década dos anos 90, quando regressei a Mogadouro e já não tinha medo de mim, de ser como sou, eu não acreditava no que um amigo meu me dizia: "Em Mogadouro, toda a gente curte!", mas hoje sei que tinha mais que razão para o dizer...
E perguntais vós: "Mas, quem são os gays em Mogadouro? Há assim tantos!?"
Pois é... Muitos ou poucos, cá estamos... Somos daqui ou vivemos cá... Somos gente de bem, pessoas respeitáveis como qualquer... Somos gente, somos seres humanos...

Mas, para sobreviver numa terra com tanto calhau, talvez nos tenhamos adaptado tão bem ao meio ambiente que não parecemos como somos, parecemos apenas mais um calhau cá da terra... É a lei do camaleão, da sobrevivência... Uns, apagam-se, anulam-se; outros disfarçam, criando uma família (infeliz); outros metem-se nas drogas ou no álcool... Enfim, não é nada facil ser gay numa vila rural do interior, eu sei, mas eu ( e muitos mais) sobrevivemos...

E... Quem somos nós?! Isso até eu gostava de saber... Mogadouro é uma caixinha de surpresas... Cada vez que um homem cá da terra chega ao pé de mim e se põe à vontade, eu fico burro!!! - Quem diria!?

Já nos meus tempos de adolescente, eu reparava que aqui as mulheres à noite não saiam, ficavam em casa.... Porquê?!... Não sei, claro que falo dos anos 80 do século passado; mas ainda hoje, homens à noite nos tascos não faltam cá na terra... É só abrir a pestana e escolher...

E a conversa só fica por aqui agora... continuem a ler este blog, que logo se vê...

Fiquem bem e que a Deusa vos Abençoe.

(Mogaydouro)


sexta-feira, 27 de abril de 2007

25 Razões para te Alegrar por Ser Gay

1. O teu par nunca te pedirá para fazeres uma vasectomia
2. Podes ser tão promíscuo como te apeteça sem que te acusem de ser mulherengo
3. Ao contrario das tuas amigas, podes entrar nos vestiários masculinos sempre que te apeteça
4. Podes compartir a roupa com o teu par sem que depois te olhem de forma rara na rua
5. Não fazes o ridículo se não sabes mudar um pneu, ninguém espera que saibas fazê-lo
6. És o único da reunião de ex-alunos que tem melhor aspecto agora do que antes
7. Podes dizer a uma rapariga que adoras o seu fato de banho e estar a referir-te ao fato de banho
8. És capaz de recitar o nome de todos os gays que houve no mundo desde a alvorada da criação
9. As tuas punhaladas são mais certeiras, especialmente quando a tua vítima é essa pessoa que não suportas
10. O teu par não se dá conta que estás a comer com os olhos outro, ele também se está a babar
11. És, sem duvida, o tio preferido do teu sobrinho/a
12. Sabes apreciar o valor artístico das fotos de homens nus que guardas no teu PC
13. Podes averiguar se és compatível sexualmente com um potencial companheiro pela forma como segura no copo
14. És capaz de dizer a uma rapariga que tem baton nos dentes sem que se aperceba todo o mundo
15. Se queres, podes acabar com a metade dos casamentos da tua cidade contando a quarta parte daquilo que sabes
16. Nunca serás apanhado em flagrante com uma prostituta
17. Sempre sabes que oferecer, que vinho levar e que roupa vestir
18. És o melhor amigo dessa rapariga com que todos querem sair
19. O teu par não espera que cales o que fizeste ontem à noite, ele também está mortinho por contá-lo
20. Sabes o nome de todos os filmes onde há nus frontais masculinos
21. Os desodorizantes e os produtos de cosmética não te metem medo
22. Sabes a maneira exacta de escandalizar essa vizinha tão careta
23. Lês-te o livro, viste o filme, e foste ao musical
24. Sabes que o caminho para chegar ao coração de um homem não é precisamente o estômago
25. Podes pecar e ser tão mau como te apeteça, vais para o inferno de todas formas...

Frase do dia:
“Se Deus me quisesse de outra maneira, ...
Deveria ter-me feito de outra maneira.”
(Johan von Goethe)

Para já...

Para já... gostava que alguem comentasse este blog, de preferência algum de Mogadouro, claro... já sei que ainda não disse nada de jeito, mas esperem... e vão ver o que é bom....

quinta-feira, 26 de abril de 2007

Porquê MOGAYDOURO ?... sei lá... e a ti que te parece?