07 de Novembro de 2008, 10:13
Lisboa, 07 Nov (Lusa) - O escritor e político Trindade Coelho, falecido há cem anos, "é um exemplo cívico na actual crise de valores", sublinhou Álvaro Matos, da Hemeroteca de Lisboa que organiza palestras sobre o autor de "Os meus amores".
O director da Hemeroteca Municipal de Lisboa salientou à Lusa "o exemplo cívico" de José Francisco Trindade Coelho "que foi uma figura importante na sua época pelos princípios que sempre defendeu, mas também pela sua obra literária, jurídica, jornalista e política".
"Politicamente sobressai o seu exemplo cívico, tendo em conta o contexto actual de crise valores, a crise de ética nos diversos aspectos na área económica, política, social e cultural", realçou Matos.
"A sua ruptura final com a ditadura de João Franco [presidente do conselho de ministros do Rei D. Carlos] é sintomática disso. Acima de tudo, Trindade Coelho tinha um conjunto de valores de que não abdicava. Manteve esse trajecto de vida até ao fim. De certa forma o seu suicídio [em 1908] é o corolário dessa ruptura e dessa ideia de decadência que atravessa a sociedade portuguesa, e ele lida muito mal com isso", explicou.
Álvaro Matos afirmou à Lusa que Trindade Coelho "é praticamente desconhecido das gerações actuais, mas é uma figura incontornável que marcou a sua geração".
A Hemeroteca "aproveitou o centenário da sua morte para dar a conhecer melhor esta figura, e outras obras para além dos contos 'Os meus amores', ao lado de outras facetas de um homem que foi muito importante".
O responsável referiu ainda a obra "In illo tempore" (1902), em que Coelho "faz a narrativa dos seus tempos de Coimbra".
Outra faceta destacada por Álvaro de Matos é a de pedagogo, designadamente através da sua obra "Manual Político do Cidadão Português", que "é pouco conhecida, mas é fundamental, uma espécie de bíblia política de Portugal daquela época e que é também paradigmática da sua preocupação pela educação cívica para com os seus contemporâneos".
Segundo Álvaro Matos, esta obra publicada em 1906 é "um manual que todo o cidadão activo, construtivo, devia ler e reter, pelo menos nos seus aspectos essenciais".
O director da Hemeroteca, localizada no Bairro Alto, sublinhou "a grande actualidade dos princípios enunciados no 'Manual Político do Cidadão Português', designadamente nos valores éticos da República e nos valores democráticos".
Álvaro Matos não hesitou em aconselhar a sua leitura aos políticos e a cidadãos empenhados e participativos na sociedade.
No âmbito do ciclo de colóquios, a próxima palestra realiza-se sábado na Casa Regional de Trás-os-Montes e Alto Douro, em Lisboa, por Alexandre Parafita, e intitula-se "Trindade Coelho, folclorista".
O ciclo encerra na Hemeroteca, instalada no Palácio dos Condes de Tomar, dia 12, com uma palestra do historiador António Ventura, intitulada "Trindade Coelho, jornalista portalegrense".
José Francisco Trindade Coelho nasceu a 18 de Junho de 1861 em Mogadouro, partidário do ideário republicano, pugnou na senda de João de Deus, desenvolveu intensa actividade pedagógica.
Publicou doze títulos, três deles póstumos. O livro de contos "Os meus amores" foi o seu primeiro titulo, publicado em 1902, que alcançou sucesso editorial.
NL.
Lusa/Fim
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sexta-feira, 7 de novembro de 2008
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
segunda-feira, 14 de abril de 2008
Makuduron Dois
Makuduron Dois
(Terra fatal e inevitável)
Marok, 2003
Depois daquele fatídico dia de outono...
Um daqueles dias de outono em que tudo se vê azul, búzio, em que abres a janela e está nevoeiro, ligas a rádio e passam um blues, em que só te apetecia ser uma violeta africana atrás duma janela, num qualquer gabinete com ar acondicionado, um dia daqueles em que se tomam decisões irrevogáveis...
Foi num dia assim que decidi queimar o Um antes de alguém o ter lido.
E hoje, passados anos, não é possível rescreve-lo, mas posso continuá-lo...
Isto, é a segunda parte de qualquer coisa sem primeira parte, sem início, pelo que dificilmente terá um fim, a não ser que lho demos.
Por isso não esperes encontrar nada de novo por aqui...
Talvez este Dois também não exista, talvez tudo isto não passe duma partida do teu cérebro ou daquilo que andas a meter... talvez seja real como a vida, mas o mais certo é ser um atrofio como tu... como eu...
De qualquer modo, as coincidências de nomes, situações ou lugares, são apenas isso, meras coincidências... ou imaginação tua.
Estamos praticamente no final do Outono, está frio, escuro, mas na rádio não passam nenhum blues, nem eu penso tomar qualquer decisão irrevogável, apenas pretendo que passemos juntos o tempo de leres esta página.
Esta semana os portugas descobriram que são “todos” uns pedófilos pervertidos e que afinal aquela do “machão” era só história... como a dos descobrimentos... E cada dia descobrimos com cada uma! Enfim... que isto não é nada do que parece...
Eu esta semana descobri que cada vez os entendo menos, que cada dia que passa, em vez de me sentir mais integrado, me sinto mais diferente. Claro que isso não me incomoda, até me orgulho, desde que não exageres. Ao fim e ao cabo já estou imune, já cá ando há alguns anos...
Acho que ultimamente me tenho esquecido de ser eu... mas não sei quem tenho sido, acho que tenho sido uma merda, mas é disso que eu sou feito: de bué de merdas...
E tu? Já paraste para pensar o que é que andas cá a fazer? Será que depois de te despir as marcas que levas em cima e o gel ficamos com alguma coisa? Será que tu és só o corpinho que vemos passar? Será que és conforme é preciso? Será que acabas quando morres?
Será que sabemos ser gente? E o que é ser gente?...
Será que podemos mudar de assunto?
Ya!
Então conta lá...
E que queres tu que eu te conte, isto aqui é sempre igual, somos sempre os mesmos, no mesmo sítio, a queixar-nos pelos mesmos motivos e sem tomar qualquer atitude para mudar as coisas... Makuduron é mesmo fatal e inevitável!
Outra coisa: nunca imaginei que o facto de eu ser tal como sou incomodasse tanto os demais... será que tem um efeito reflector e começam a ver-se em mim como num espelho?!
Era a primeira vez que eles vinham visitar-me, pelo que lhe descrevi pormenorizadamente o caminho e a localização do tasco, só que para variar, atrasei-me...
Eles entraram e a primeira coisa que repararam, para além de dois ou três rapazinhos que estavam dentro do balcão, foi que só havia homens naquele lugar. A princípio, pensaram ser uma coincidência, e ficaram a beber um copo. Mas depois, ao ver as brincadeiras entre os chavalinhos do balcão, e entre estes e alguns clientes, acabaram por pagar rapidinho e pôr-se a andar dali para fora, acabando por pensar que, como eu não apareci, só podia ter ficado de me encontrar com eles ali por brincadeira...
Mas não, estavam enganados, era mesmo o tasco onde eu costumava parar, e não é um tasco gay, é um tasco bi, acho eu...
Sabes que yo de vez en cuando se me cambia el chip y me salen las cosas en otro idioma... pero creo que me entiendes igual, al fin y al cabo el castellano y el portugués no son tan diferentes, lo que si puede pasar c’est I começar a mélanger all the idiomas, and entonces personne puede understand me... Era fixe falar assim, não era?
Ya, e os pensamentos deveriam ter cheiro, de acordo com a sua natureza. Imaginas?! Aposto que não se podia estar ao pé de muita gente quando estivessem a pensar. Esses teriam que ir pensar para a casa de banho e quando acabassem tinham de puxar o autoclismo para que a água levasse o aroma das suas ideias... de merda...
Quando não estou bem gostava de ser normal, como os outros, mas no fundo sou feliz por ser assim.
Insolente, insondável e insólito.
Como costumo dizer, qualquer semelhança com o meu passado é mera coincidência; mas eu tenho um passado tão filho da puta que nunca mais passa ...
Reivindico a abolição incondicional do primeiro dia de trabalho após as férias!
Já sei que há quem diga que o trabalho é dignificante, mas a Bíblia, que é muito sábia, diz que este é apenas um castigo divino, resultado da história do Adão com a Eva e as maçãs, pelo que eu penso que a dignificação de uma pena será, pelo menos, constitutiva de delito criminal...
Tenho um recado para os meninos bonitos: OS FEIOS SOMOS MUITOS MAIS!
É pela doçura que vencemos a cólera, pelo bem que vencemos o mal, pela verdade a mentira.
Os bons, raramente são os melhores...
(Terra fatal e inevitável)
Marok, 2003
Depois daquele fatídico dia de outono...
Um daqueles dias de outono em que tudo se vê azul, búzio, em que abres a janela e está nevoeiro, ligas a rádio e passam um blues, em que só te apetecia ser uma violeta africana atrás duma janela, num qualquer gabinete com ar acondicionado, um dia daqueles em que se tomam decisões irrevogáveis...
Foi num dia assim que decidi queimar o Um antes de alguém o ter lido.
E hoje, passados anos, não é possível rescreve-lo, mas posso continuá-lo...
Isto, é a segunda parte de qualquer coisa sem primeira parte, sem início, pelo que dificilmente terá um fim, a não ser que lho demos.
Por isso não esperes encontrar nada de novo por aqui...
Talvez este Dois também não exista, talvez tudo isto não passe duma partida do teu cérebro ou daquilo que andas a meter... talvez seja real como a vida, mas o mais certo é ser um atrofio como tu... como eu...
De qualquer modo, as coincidências de nomes, situações ou lugares, são apenas isso, meras coincidências... ou imaginação tua.
Estamos praticamente no final do Outono, está frio, escuro, mas na rádio não passam nenhum blues, nem eu penso tomar qualquer decisão irrevogável, apenas pretendo que passemos juntos o tempo de leres esta página.
Esta semana os portugas descobriram que são “todos” uns pedófilos pervertidos e que afinal aquela do “machão” era só história... como a dos descobrimentos... E cada dia descobrimos com cada uma! Enfim... que isto não é nada do que parece...
Eu esta semana descobri que cada vez os entendo menos, que cada dia que passa, em vez de me sentir mais integrado, me sinto mais diferente. Claro que isso não me incomoda, até me orgulho, desde que não exageres. Ao fim e ao cabo já estou imune, já cá ando há alguns anos...
Acho que ultimamente me tenho esquecido de ser eu... mas não sei quem tenho sido, acho que tenho sido uma merda, mas é disso que eu sou feito: de bué de merdas...
E tu? Já paraste para pensar o que é que andas cá a fazer? Será que depois de te despir as marcas que levas em cima e o gel ficamos com alguma coisa? Será que tu és só o corpinho que vemos passar? Será que és conforme é preciso? Será que acabas quando morres?
Será que sabemos ser gente? E o que é ser gente?...
Será que podemos mudar de assunto?
Ya!
Então conta lá...
E que queres tu que eu te conte, isto aqui é sempre igual, somos sempre os mesmos, no mesmo sítio, a queixar-nos pelos mesmos motivos e sem tomar qualquer atitude para mudar as coisas... Makuduron é mesmo fatal e inevitável!
Outra coisa: nunca imaginei que o facto de eu ser tal como sou incomodasse tanto os demais... será que tem um efeito reflector e começam a ver-se em mim como num espelho?!
Era a primeira vez que eles vinham visitar-me, pelo que lhe descrevi pormenorizadamente o caminho e a localização do tasco, só que para variar, atrasei-me...
Eles entraram e a primeira coisa que repararam, para além de dois ou três rapazinhos que estavam dentro do balcão, foi que só havia homens naquele lugar. A princípio, pensaram ser uma coincidência, e ficaram a beber um copo. Mas depois, ao ver as brincadeiras entre os chavalinhos do balcão, e entre estes e alguns clientes, acabaram por pagar rapidinho e pôr-se a andar dali para fora, acabando por pensar que, como eu não apareci, só podia ter ficado de me encontrar com eles ali por brincadeira...
Mas não, estavam enganados, era mesmo o tasco onde eu costumava parar, e não é um tasco gay, é um tasco bi, acho eu...
Sabes que yo de vez en cuando se me cambia el chip y me salen las cosas en otro idioma... pero creo que me entiendes igual, al fin y al cabo el castellano y el portugués no son tan diferentes, lo que si puede pasar c’est I começar a mélanger all the idiomas, and entonces personne puede understand me... Era fixe falar assim, não era?
Ya, e os pensamentos deveriam ter cheiro, de acordo com a sua natureza. Imaginas?! Aposto que não se podia estar ao pé de muita gente quando estivessem a pensar. Esses teriam que ir pensar para a casa de banho e quando acabassem tinham de puxar o autoclismo para que a água levasse o aroma das suas ideias... de merda...
Quando não estou bem gostava de ser normal, como os outros, mas no fundo sou feliz por ser assim.
Insolente, insondável e insólito.
Como costumo dizer, qualquer semelhança com o meu passado é mera coincidência; mas eu tenho um passado tão filho da puta que nunca mais passa ...
Reivindico a abolição incondicional do primeiro dia de trabalho após as férias!
Já sei que há quem diga que o trabalho é dignificante, mas a Bíblia, que é muito sábia, diz que este é apenas um castigo divino, resultado da história do Adão com a Eva e as maçãs, pelo que eu penso que a dignificação de uma pena será, pelo menos, constitutiva de delito criminal...
Tenho um recado para os meninos bonitos: OS FEIOS SOMOS MUITOS MAIS!
É pela doçura que vencemos a cólera, pelo bem que vencemos o mal, pela verdade a mentira.
Os bons, raramente são os melhores...
quarta-feira, 2 de abril de 2008
III Encontro pelo Rio Sabor
III Encontro pelo Rio Sabor
25 a 27 de Abril de 2008
Mogadouro / Alfândega da Fé / Torre de Moncorvo
Toda a informação em www.aldeia.org
APRESENTAÇÃO
Entre os dias 25 e 27 de Abril vai decorrer o III Encontro "Pelo Rio Sabor" nos concelhos de Mogadouro, Alfândega da Fé e Torre de Moncorvo. Este Encontro tem reunido algumas centenas de pessoas que ano após ano têm vindo ao Nordeste conhecer o vale do Sabor e afirmar a sua posição em defesa de um rio livre.
Durante o evento deste ano pretende-se dar a conhecer mais alguns recantos deste rio, através de passeios temáticos, caminhadas e palestras. Também não faltarão os passeios de burro, em btt e descida em canoa/kayak. Será uma óptima oportunidade para vir conhecer este rio, livre de barragens.
Como se sabe, existe um projecto para a construção de uma mega-barragem na zona do Baixo Sabor, defendido pelo Governo e pelas autarquias locais. O Rio Sabor é o último grande rio sem barragens do nosso país e um dos últimos da Europa nestas condições, sendo por isso reconhecido por muitos, como o último grande rio "selvagem". De facto, este rio possui características únicas, que lhe permitem conservar uma importante comunidade de aves rupícolas ameaçadas e habitats de conservação prioritária a nível Europeu. Trata-se de uma área classificada como Rede Natura 2000 e Zona de Protecção Especial, segundo as Directivas Comunitárias, onde, por essas razões, não podem ser realizados empreendimentos causadores de grandes impactos ambientais. Face à decisão do Estado Português de aí construir uma barragem de grandes dimensões, que iria afectar 50 km de rio, a Plataforma Sabor Livre, apresentou uma queixa à Comissão Europeia, no sentido desta não aprovar a construção desta barragem e ainda de impedir o acesso a fundos comunitários para esse fim.
Apesar de toda a argumentação defendida pela Plataforma Sabor Livre, as notícias parecem indicar que a Comissão Europeia pretende arquivar a queixa, dando luz verde ao Estado português para avançar com a obra. A Plataforma Sabor Livre, e todas as associações que a apoiam, não pretendem desistir e continuarão a trabalhar no sentido de impedir legalmente que a barragem seja construída. Não será uma "batalha" fácil, mas acreditamos que ainda seja possível ganhar, conservando-se o rio Sabor.
A tua participação será muito importante! Junta-te a nós na defesa do rio Sabor! Por um rio Sabor Livre!
Vem conhecer e passear "pelo rio Sabor" nos próximos dias 25, 26 e 27 de Abril!
PROGRAMA:
Dia 25 – Sexta-feira
09h00 – Concentração em Soutelo junto ao cruzeiro (estrada de Macedo de Cavaleiros para Mogadouro, a 10 km de Mogadouro)
09h30 – Mata-bicho
10h30 – Início da caminhada pelo Vale do Sabor
13h00 – Almoço campestre junto ao rio Sabor
15h00 – Continuação da caminhada
20h30 – Jantar em Sto. Antão da Barca
22h00 – Arraial tradicional com gaiteiros
Nota: Os carros particulares ficarão em Soutelo e serão resgatados no final da caminhada.
Dia 26 - Sábado
9h30 – Alvorada e mata-bicho em Sto. Antão da Barca
10h30 – Actividades temáticas pelo Vale do Sabor
13h00 – Almoço campestre em Sto Antão da Barca
15h30 – Jogos populares
18h00 - Tertúlias e palestras sobre temas relacionados com o rio Sabor
20h30 – Jantar em Sto. Antão da Barca
22h00 – Arraial tradicional
Dia 27 - Domingo
9h30 – Alvorada e mata-bicho em Sto. Antão da Barca
10h30 – Actividades temáticas pelo Vale do Sabor
13h30 – Almoço campestre junto ao rio Sabor
16h00 – Fim de actividade
INSCRIÇÕES EM http://www.aldeia.org/portal/PT/5/EID/90/DETID/3/default.aspx
Contacto:
saborlivre@gmail.com
960 173 863
segunda-feira, 10 de março de 2008
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008
sábado, 9 de fevereiro de 2008
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008
VIDAS ALTERNATIVAS 109
Sinopse
Otelo Saraiva de Carvalho, capitão de Abril e agora coronel, entrevistado pelo Vidas Alternativas. Quisemos saber qual a visão sobre o Portugal de Hoje. Ficamos a saber que Otelo tem uma visão optimista do país, que depois das matérias-primas das colónias importa apostar na formação do capital humano - o único recurso económico de Portugal. Lembra-nos que o famigerado assunto da corrupção já constava do programa do MFA (Movimento das Forças Armadas), partilha connosco a sua preocupção pelo que diz ser o renascer dos monopólios, e pelo aumento do custo de vida. Ao mesmo tempo, assinala a mobilidade de que gozam os portugueses na União Europeia (aos 2′ 06″).
Manuel Baptista vem representar um colectivo anarquista e entrevistado sobre um caderno que editado em forma de revista com artigos de fundo sobre África agregados no seu primeiro número e que oferecem uma visão alternativa sobre a problemática daquele continente. (aos 12′ 00″).
A “Aldraba” uma curiosa associação que defende o património não monumental que faz parte do nosso registo e memória. O antroplogo Lus Maçarico e o engenheiro José Franco declaram a intenção desta associação de preservar a memória das tradições, gestos e objectos passados, e subtrai-los ao rolo compressor da amnésia contempornea que tudo sacrifica a uma certa ideia de modernidade condicionada por interesses comerciais. O património popular português aqui defendido pelas qualidades estéticas e pelo que representa como referência (aos 21′40″)
O Socité Générale um banco francês envolvido em escãndalo, após a descoberta de uma fraude de grandes dimensões efectuado por um seu jovem corrector - Jerme Kerviel. Edmundo Padilha em Paris oferece-nos a sua visão mordaz da realidade francesa alertando para o perigo da especulação não regulada pelo poder político (aos 37′ 08″).
António Pinho relata o que sai no “Conversas de Café” jornal semanal. Que ter manchete sobre um dos famosos Monty Phyton e que nos falar de um bancário e fadista unidos na pessoa de Adelino Guimares, voz bastante a merecer atenção para a sua vida.
Jorge Salema
António Serzedelo
Edição ainda com Eva Russo
Editor
Otelo Saraiva de Carvalho, capitão de Abril e agora coronel, entrevistado pelo Vidas Alternativas. Quisemos saber qual a visão sobre o Portugal de Hoje. Ficamos a saber que Otelo tem uma visão optimista do país, que depois das matérias-primas das colónias importa apostar na formação do capital humano - o único recurso económico de Portugal. Lembra-nos que o famigerado assunto da corrupção já constava do programa do MFA (Movimento das Forças Armadas), partilha connosco a sua preocupção pelo que diz ser o renascer dos monopólios, e pelo aumento do custo de vida. Ao mesmo tempo, assinala a mobilidade de que gozam os portugueses na União Europeia (aos 2′ 06″).
Manuel Baptista vem representar um colectivo anarquista e entrevistado sobre um caderno que editado em forma de revista com artigos de fundo sobre África agregados no seu primeiro número e que oferecem uma visão alternativa sobre a problemática daquele continente. (aos 12′ 00″).
A “Aldraba” uma curiosa associação que defende o património não monumental que faz parte do nosso registo e memória. O antroplogo Lus Maçarico e o engenheiro José Franco declaram a intenção desta associação de preservar a memória das tradições, gestos e objectos passados, e subtrai-los ao rolo compressor da amnésia contempornea que tudo sacrifica a uma certa ideia de modernidade condicionada por interesses comerciais. O património popular português aqui defendido pelas qualidades estéticas e pelo que representa como referência (aos 21′40″)
O Socité Générale um banco francês envolvido em escãndalo, após a descoberta de uma fraude de grandes dimensões efectuado por um seu jovem corrector - Jerme Kerviel. Edmundo Padilha em Paris oferece-nos a sua visão mordaz da realidade francesa alertando para o perigo da especulação não regulada pelo poder político (aos 37′ 08″).
António Pinho relata o que sai no “Conversas de Café” jornal semanal. Que ter manchete sobre um dos famosos Monty Phyton e que nos falar de um bancário e fadista unidos na pessoa de Adelino Guimares, voz bastante a merecer atenção para a sua vida.
Jorge Salema
António Serzedelo
Edição ainda com Eva Russo
Editor
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Vidas Alternativas
sábado, 2 de fevereiro de 2008
Reportagem sobre adopções
(Gentilmente enviado pelo amigo António Serzedelo... obrigado)
Sobre a RFI-
Como sintonizar a RFI-Rádio France Internacional Internacional
http://www.rfi.fr/actubr/articles/097/article_11906.asp
Europa
Avanços no direito à adoção de crianças por gays
Reportagem publicada em 29/01/2008 Última atualização 29/01/2008 18:15 TU
Em destaque, os países europeus onde a adoção por homossexuais é permitida. Os países em azul já legalizaram o casamento gay. Nos outros, existe um contrato de união civil ou o reconhecimento legal de casais do mesmo sexo.
A condenação inédita da França por discriminação sexual pela Corte Européia de Direitos Humanos, na semana passada, trouxe esperanças de um avanço dos direitos dos homossexuais, principalmente em relação à adoção de crianças em todo o continente. A sentença beneficiou uma professora homossexual que teve seu pedido de adoção recusado pelas autoridades francesas. Os juízes europeus consideraram que ela não recebeu o mesmo tratamento que uma pessoa solteira, que pela lei francesa tem o direito de adotar uma criança a partir dos 28 anos. Emannuelle, de 46 anos, que vive desde 1990 com uma psicóloga, no leste da França, teve o seu pedido de adoção negado por causa da ausência de uma referência paterna. Ela receberá uma indenização por danos morais de 10 mil euros do Estado francês. A decisão foi comemorada pela esquerda e associações de homessexuais na França e em toda a Europa. Essa primeira sentença, em nível europeu, deve criar jurisprudência e beneficiar os homossexuais solteiros nos outros países da Europa onde a adoção ainda é proibida. Antônio Serzedelo, da associação portuguesa Opus Gay, disse à RFI acreditar que essa sentença vai obrigar os estados europeus a olhar para essa questão com muita atenção pois sabem que o Tribunal europeu pode voltar a fazer a mesma condenação.
Segundo a Associação de Pais Homossexuais da França, nove países europeus, Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Islândia, Noruega, Holanda, Grã-Bretanha e Suécia admitem a adoção de crianças por casais homossexuais. A associação francesa espera agora conseguir que o país aprove uma legislação que respeite os direitos dos gays e lésbicas, não só em relação à adoção, mas também ao casamento.
(Reportagem realizada por Adriana Brandão)
ÁUDIO
Mário Figueiredo
Arquiteto português, radicado na França, integrante da Associação Francesa de Pais Homessexuais
«A França está numa posição em que ela não pode fechar os olhos para essa condenação. Hoje, há um eixo que vai da Suécia até a Espanha, onde os direitos dos homossexuais são reconhecidos, e no meio está a França, que se diz o país das liberdades, mas ainda está longe disso.»
Sobre a RFI-
Como sintonizar a RFI-Rádio France Internacional Internacional
http://www.rfi.fr/actubr/articles/097/article_11906.asp
Europa
Avanços no direito à adoção de crianças por gays
Reportagem publicada em 29/01/2008 Última atualização 29/01/2008 18:15 TU
Em destaque, os países europeus onde a adoção por homossexuais é permitida. Os países em azul já legalizaram o casamento gay. Nos outros, existe um contrato de união civil ou o reconhecimento legal de casais do mesmo sexo.
A condenação inédita da França por discriminação sexual pela Corte Européia de Direitos Humanos, na semana passada, trouxe esperanças de um avanço dos direitos dos homossexuais, principalmente em relação à adoção de crianças em todo o continente. A sentença beneficiou uma professora homossexual que teve seu pedido de adoção recusado pelas autoridades francesas. Os juízes europeus consideraram que ela não recebeu o mesmo tratamento que uma pessoa solteira, que pela lei francesa tem o direito de adotar uma criança a partir dos 28 anos. Emannuelle, de 46 anos, que vive desde 1990 com uma psicóloga, no leste da França, teve o seu pedido de adoção negado por causa da ausência de uma referência paterna. Ela receberá uma indenização por danos morais de 10 mil euros do Estado francês. A decisão foi comemorada pela esquerda e associações de homessexuais na França e em toda a Europa. Essa primeira sentença, em nível europeu, deve criar jurisprudência e beneficiar os homossexuais solteiros nos outros países da Europa onde a adoção ainda é proibida. Antônio Serzedelo, da associação portuguesa Opus Gay, disse à RFI acreditar que essa sentença vai obrigar os estados europeus a olhar para essa questão com muita atenção pois sabem que o Tribunal europeu pode voltar a fazer a mesma condenação.
Segundo a Associação de Pais Homossexuais da França, nove países europeus, Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Islândia, Noruega, Holanda, Grã-Bretanha e Suécia admitem a adoção de crianças por casais homossexuais. A associação francesa espera agora conseguir que o país aprove uma legislação que respeite os direitos dos gays e lésbicas, não só em relação à adoção, mas também ao casamento.
(Reportagem realizada por Adriana Brandão)
ÁUDIO
Mário Figueiredo
Arquiteto português, radicado na França, integrante da Associação Francesa de Pais Homessexuais
«A França está numa posição em que ela não pode fechar os olhos para essa condenação. Hoje, há um eixo que vai da Suécia até a Espanha, onde os direitos dos homossexuais são reconhecidos, e no meio está a França, que se diz o país das liberdades, mas ainda está longe disso.»
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
VIDAS ALTERNATIVAS 108
Sinopse do programa de rádio Vidas Alternativas 108, desta semana:
(Obrigado ao amigo António Serzedelo pela contribuição)
Sempre atentos a Portugal e ao mundo globalizado, o Vidas Alternativas desta semana convida olhares internacionais a comparar a situação portuguesa a outras situações europeias.
Falamos de activismo muito especial da “Act-up” que veio a Portugal protestar contra a presença do ministro dos negócios estrangeiros do Irão. Rui Ferreira daquela organização de Paris,que foi muito activa nos EUA,no inicio da luta contra a sida, oferece-nos a sua visão comparativa entre realidade parisiense e lisboeta no que ao activismo político diz respeito, assim como à vivencia da realidade gay.Ele apresenta-nos a sua organização polémica (espécie de “Green Peace” da luta contra a sida e contra a homofobia) que usa a desobediência civil e a acção directa coisa muito assustadora para o “stablishment”.E não só, até para as ONG´s ,inclusivé entre nós, algumas poucas , que pretendem defender certos grupos sexuais minoritários, ligados aos lgb t´s, que tanto apreciam este estilo de estratégia ,contudo boicotam-nos quando cá se deslocam , inclusivé recusando-lhes qualquer diálogo ,ou impedindo a divulgação do seu material , o que também é muito comum neste meios, de imposição de discursos únicos,em detrimento da diversidade . (aos 2’ 40”).
No seguimento das comparações que nos põe a realidade portuguesa em perspectiva, conversamos com o actista social Edmundo Padilha, luso francês residente em Paris, que nos vem dizer, serem os portugueses alheios ao debate político. Debate esse que em contraste, anda forte no país dos gauleses, agora com novo maestro – Sarkozy, o homem do momento que vem agitar direita e esquerda com o que diz ser a sua proposta de uma nova sociedade nova, para o século XXI (aos 10’53”).(ver artigo “Deus nao pode ser republicano?” neste portal).
O Prof.Luíz Mott, do Brasil, conhecido historiador e cidadão emérito do Estado da Bahia, vem conversar também para nos falar da sua pesquisa sobre práticas homossexuais na corte portuguesa de D. João VI, por alturas da comemoração do bicentenário da sua chegada ao Brasil, fazendo revelações que importa ouvir. (aos 20’ 59”).
A “Maleta Vermelha” é uma empresa espanhola apostada em colocar-se no mercado português. Promove artigos eróticos para estimular sensualidade e auto conhecimento da mulher, neste caso da portuguesa , através de uma forma original – apresentar os produtos em casa das clientes,o chamado “tupper sex”. São óleos, vibradores, e produtos, que até se podem ligar ao Ipod ou ao telemóvel e que respondem ao ritmo da música ou à voz do ser amado . Vania Beliz, sexóloga e psicóloga , anda a promove-los de reunião em reunião, onde só entram mulheres maiores, de qualquer idade,desde que desejem encontrar-se livres com a sua sexualidade . É entrevistada sobre a empresa a que pertence e sobre a sua experiência pessoal neste novo ramo de negócio, que se diferencia em absoluto, das sex shop,onde as mulheres mal entram (aos 30’ 05”).
António Dores da ACED,depois de ter estado na TVI nas” Tardes da Júlia”,como comentarista de um programa sobre “abuso de poder” , onde nao houve oportunidade de referir o que tinha pensado dizer , alerta para a situação de possível abuso na prisão de alta segurança de Monsanto, assim como denuncia a persistência de uma mentalidade de desrespeito pelos direitos humanos na cultura prisional, que embora mais disciplinada, no que aos guardas diz respeito, ainda acalenta um retomar das velhas práticas , onde se consente a “pancadaria” (aos 44’45”).
Clara Sottomayor,jurista , investigadora na área do direito da familia, lança petição ao Presidente da República preocupada que está com a situação da violação dos direitos da criança (aos 54’50”).
Encerramos com breves referências às comemorações do dia de acção global do FSP,e às notícias com importância para a vigilância dos Direitos Humanos,referidas a propósito do Irão, pois pensamos que os bons negócios,de que o país precisa, para diversificar e encontrar novos mercados, abrindo oportunidades numa época de crise ,devem ter regras e não devem ser incompativeis com a defesa dos Direitos Humanos,que não devemos calar .
Jorge Salema e
António Serzedelo
Editor
(Obrigado ao amigo António Serzedelo pela contribuição)
Sempre atentos a Portugal e ao mundo globalizado, o Vidas Alternativas desta semana convida olhares internacionais a comparar a situação portuguesa a outras situações europeias.
Falamos de activismo muito especial da “Act-up” que veio a Portugal protestar contra a presença do ministro dos negócios estrangeiros do Irão. Rui Ferreira daquela organização de Paris,que foi muito activa nos EUA,no inicio da luta contra a sida, oferece-nos a sua visão comparativa entre realidade parisiense e lisboeta no que ao activismo político diz respeito, assim como à vivencia da realidade gay.Ele apresenta-nos a sua organização polémica (espécie de “Green Peace” da luta contra a sida e contra a homofobia) que usa a desobediência civil e a acção directa coisa muito assustadora para o “stablishment”.E não só, até para as ONG´s ,inclusivé entre nós, algumas poucas , que pretendem defender certos grupos sexuais minoritários, ligados aos lgb t´s, que tanto apreciam este estilo de estratégia ,contudo boicotam-nos quando cá se deslocam , inclusivé recusando-lhes qualquer diálogo ,ou impedindo a divulgação do seu material , o que também é muito comum neste meios, de imposição de discursos únicos,em detrimento da diversidade . (aos 2’ 40”).
No seguimento das comparações que nos põe a realidade portuguesa em perspectiva, conversamos com o actista social Edmundo Padilha, luso francês residente em Paris, que nos vem dizer, serem os portugueses alheios ao debate político. Debate esse que em contraste, anda forte no país dos gauleses, agora com novo maestro – Sarkozy, o homem do momento que vem agitar direita e esquerda com o que diz ser a sua proposta de uma nova sociedade nova, para o século XXI (aos 10’53”).(ver artigo “Deus nao pode ser republicano?” neste portal).
O Prof.Luíz Mott, do Brasil, conhecido historiador e cidadão emérito do Estado da Bahia, vem conversar também para nos falar da sua pesquisa sobre práticas homossexuais na corte portuguesa de D. João VI, por alturas da comemoração do bicentenário da sua chegada ao Brasil, fazendo revelações que importa ouvir. (aos 20’ 59”).
A “Maleta Vermelha” é uma empresa espanhola apostada em colocar-se no mercado português. Promove artigos eróticos para estimular sensualidade e auto conhecimento da mulher, neste caso da portuguesa , através de uma forma original – apresentar os produtos em casa das clientes,o chamado “tupper sex”. São óleos, vibradores, e produtos, que até se podem ligar ao Ipod ou ao telemóvel e que respondem ao ritmo da música ou à voz do ser amado . Vania Beliz, sexóloga e psicóloga , anda a promove-los de reunião em reunião, onde só entram mulheres maiores, de qualquer idade,desde que desejem encontrar-se livres com a sua sexualidade . É entrevistada sobre a empresa a que pertence e sobre a sua experiência pessoal neste novo ramo de negócio, que se diferencia em absoluto, das sex shop,onde as mulheres mal entram (aos 30’ 05”).
António Dores da ACED,depois de ter estado na TVI nas” Tardes da Júlia”,como comentarista de um programa sobre “abuso de poder” , onde nao houve oportunidade de referir o que tinha pensado dizer , alerta para a situação de possível abuso na prisão de alta segurança de Monsanto, assim como denuncia a persistência de uma mentalidade de desrespeito pelos direitos humanos na cultura prisional, que embora mais disciplinada, no que aos guardas diz respeito, ainda acalenta um retomar das velhas práticas , onde se consente a “pancadaria” (aos 44’45”).
Clara Sottomayor,jurista , investigadora na área do direito da familia, lança petição ao Presidente da República preocupada que está com a situação da violação dos direitos da criança (aos 54’50”).
Encerramos com breves referências às comemorações do dia de acção global do FSP,e às notícias com importância para a vigilância dos Direitos Humanos,referidas a propósito do Irão, pois pensamos que os bons negócios,de que o país precisa, para diversificar e encontrar novos mercados, abrindo oportunidades numa época de crise ,devem ter regras e não devem ser incompativeis com a defesa dos Direitos Humanos,que não devemos calar .
Jorge Salema e
António Serzedelo
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